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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano Novo

Ano Novo! Eu bem sei que tu já não nos trazes
De novo, á nossa vida os tempos do passado,
Dos tristes ou felizes momentos bem fugazes
Que,com saudades imensas os temos já contado...

E todos nós humanos somes incapazes
De prever,no futuro, qual é o nosso fado,
Pois de suportá-lo temos de ser capazes
Quer seja alegre, feliz ou bem chorado...

E assim, nesta hora terrivel,crucial
Do ano que findou e deste outro que vem
Nós não poderemos supor nada afinal...

É uma incógnita tudo o que ele contém,
Em si, de misterioso, sedutor, fatal...
Não poupará de certo a alma de ninguém!

inédito-por MARIA AMÉLIA SOEIRO DA COSTA
Condessa do Prado da Selva

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tardinha

Eram pálidas cores as do poente
Naquele céu de nuvens salpicado,
Morria a tarde.Em silencioso fado
Descia a noite, morna,languescente...
Do trabalho voltava a nossa gente.
Compunha a nora canto amargurado
E na minha alma som dulcificado
Fazia-me sonhar intensamente...
No mistério das horas do sol-pôr
A envolver-me assim extasiada.
Eu percebi a prece da planura,
Nos infinitos ermos da lonjura
Pelos rurais que a trazem fecundada.

DE Maria antónia Martinez
Marilia
)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SONHOS FRITOS DE NATAL

Ovos,6; farinha 1 chavena; manteiga, 60g; açúcar, 90g; canela e sal qb
Fermento em pó, 1 colher de chá, açúcar qb.

Põem-se a ferver, amanteiga, o açúcar e o sal; levantando fervura
vaza-se-lhe paradentro, de uma só vez a farinha emexe-se até que
fique enxuta e cozida.Deixa-se, então esfriar um pouco e juntam-se
o fermento e os ovos um a um ligando-os muito bem com a massa.
amassam-se com a mão até ficar uma massa leve.Fritam-se colheradas
desta massa em bastante ólio ou azeite fervente as colheres devem
ser de sobremesa e pequenas pois os sonhos crescem bastante enquanto
se fritam. Cobrem-se depois os sonhos com calda de açúcar não muito
espessa e aromatizada com baunilha eservem-se frios

esta receita tenho-a de antigamente....Maria Alice

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal

Como estamos na epoca festiva do natal, vou publicar algumas recetas
de bolos feitos com mel por serem especiais da época....

BOLO DE AZEITE E MEL


360g de açúcar-1,5de mel-2,5dc de azeite -8 ovos-2 limões pequenos
(raspa)-320g de farinha-1c(de chá)de canela-3c(sopa)de vinho do Porto
-manteiga e açúcar qb....

Ligue o forno a 180 graus C. Unte e forre uma forma alta,com buraco
ao centro. Bata energicamente o açúcar com o mel, o azeite e os ovos
Junte a raspa de limão e continue a bater.
Misture a farinha previamente peneirada com o fermento e a canela.
Verta o vinho do Portoe, por último, a farinha.Envolva muito bem ,sem
bater.Coloque na forma e leve a meio do forno, a cozer, entre 45 e 55
minutos. Desenforme ainda morno e polvilhe com açúcar.....

Bolo económico de mel e canela

2 ovos-180g de açúcar-4c(sopa)de manteiga-3c(sopa)de mel- 2 cháv de
leite completo 1c(chá) de canela 200g de farinha com fermento-margarina
e farinha para a forma

PREPARAÇÃO

Bata ligeiramente os ovos com o açúcar peneirado,dentro de uma tigela
Junte a manteiga amolecida, o mel,o leite e a canela.
Adicione por último a farinha peneirada,misturando-a com movimentos
suaves. Deite a massa numa forma lisa barrada com margarina e polvilhada com farinha.Leve ao forno, pé-aquecido,até o bolo cozer e
alourar.Deixe arrefecer antes de desenformar....

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Natal

Como estamos no Natal vou dar-vos as receitas das fatias douradas ou rabanadas e mais umas outras

Fatias assustadas

Fatias de pão de vespera, óleo, açucar amarelo e canela q.b.

Fregem-se as fatias de pão em ólio e, á medida que saem da fritura,
metem-se num tijelão com água fria, levantm-se logo com a escumadeira
e vão-se pondo sobre papéis absorventes e polvilhando com o açúcar,
e canela.Largam na água o ólio da fritura e, pela humidade que conservam em contacto com oaçúcar,ficam fofas como se tivessem calda
deaçúcar

Fatias douradas ou rabanadas

Fatias de pão de forma, leite, ovos, ólio, calda de açúcar e canela
em pó q.b.

Alinham-se as fatias sobre uma tabua e regam-se com um fio de leite frio.
Meia hora depois, passam-se por ovo batido, fregem-se em ólio e escorrem
-se sobre papel absorvente. Depois de arrefecerem, dispõem-se numa
travessa de serviço, regam-se com calda de açúcar em ponto fraco,
aromatizada com baunilha ou com um cálice de vinho da Madeira e polvilha
-se com canela.Em vez da calda , podem servir-se polvilhdas com bastante
açúcar misturado com um pouco de canela.


Fatias de parida

Fatias de pão, vinho tinto, ovos, ólio, açúcar e canela q.b.

Preparam-se como as fatias douradas.Pprém, ensopam-se em vinho tinto
quente em vez leite.Depois de escorridas so bre papel ,polvilham-se
com açúcar ecanela. Em certas localidades de Espanha, regam-se com
vinho branco açucarado e fritam-se em azeite. Polvilham-se depois com
açúcar e cnela ou ensopam-se em calda d açúcar.


Estas receitas foram copiadas ( O LIVRO DE PANTAGRUEL0)
v

sábado, 10 de dezembro de 2011

Natal

Quando logo nevar, como é costume
na noite de Natal,
e em consoada, ao derredor do lume,
se festeja a manhã tradicional
em que nasceu Jesus;
quando logo nevar em plena serra
e o frio seja grande,
Senhor: oque há-de ser dos pequeninos nus
sem lar e sem pão que lhes abrande
mais um dia de fome sobre a Terra?!...
Hão-de dormir na lama;
hão-de pior que Tu oh! Nazareno,
não ter,sequer ,o fofo e loiro feno
da mangedoura que é a tua cama!...
E se é triste, Senhor, o não ter casa,
nem o calor duma brasa,
nem um pedaço de pão,
mais triste ainda é não ter
o calor dum coração
onde a gente se aquecer,
o coração duma mãe
como é Tua, Senhor,
que nos obrigue a esquecer
a própria falta de casa,
e a própria fome de pão!...
Que sofreste?!... E quem não tem
nem a ternura do Amor,
nem o milagre da Cruz
como visão do imprevisto?...
Deus!... Grande Deus imortal!
Quanto menino Jesus
por esse Mundo de Cristo,
nesta noite de Natal!

De Silva Tavares

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alentejo

Salvé, planície imensa do Alentejo!
Oh! Real magestade soberana!...
Em trono engrinaldado assim te vejo
imperando na terra lusitana.
Adora-te a teus pés, em pleno brejo,
minha terra natal alentejana,
-Almodovar- que em sua singeleza,
de ti recebe a altiva realeza!

De aromas campesinas te perfumam,
em radiosas manhãs de primavera,
as flores verginais,que se avolumam
na matizada côr que Deusle dera,
na graciosa altivez com que se aprumam
nos teus montes remotos doutra era,
em cujo seio vivem encerradas
as desditosas mouras encantadas...

Alvejam capelinhas milagrosas
onde as moças garridas vão rezar,
em gratas romarias, fervorosas,
pedindo aos santos para as bem-casar.
Dos seus jardins lhes levam frescas rosas
que enfeitam nesse dia o seu altar.
E lá fora, no adro, entre bailados
há risonhas promessas de noivados...

Capela de Sam Pedro! Que saudade
de ouvir tocar o adufe ás raparigas,
do teu olhar celeste,de bondade,
escutando, a sorrir, doces cantigas!
Das lendas dos penedos,que em verdade,
falam de raças mouras inimigas,
da batalha de Ourique,bem renhida
por Dom Afonso Henriques lá vencida!...

Na planura sem fim, soa otlim-tlão
de esquilas de rebanhos a pastar...
E mais além, entoa uma canção
com voz dolente,o homem a lavrar.
Os ranchos de ceifeiras ceifam pão,
que Nosso Senhor cria pra nos dar.
E á noite, lá na aldeia,á luz da lua,
vão os moços cantando pela rua.

Teus sumptuosos templos e castelos,
e fontes de belezas naturais,
teus camponeses, francos e singelos,
teus ondulantes campos de trigais,
são ecos que se enlaçam, como os elos
duma cadeia que nos prende máis!
As bênçãos do Céu caiam sobre ti,
Oh! formoso Alentejo onde eu nasci!


CAROLINA AVES IN Almanaque Alentejano 1951