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domingo, 30 de dezembro de 2012

Uma tarde com o Miguelinho

Feijó 29 de Dezembro de 2012 estou com meu MIGUELINHO temos falado miuto, estivemos a ver uns filmes,almoçamos,agora é tarde vamo-nos despedir´voltamo-nos aencontrar uma tarde muito próximo Muitos beijinhos para o meu Miguelinho---

Rios de Portugal

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 NATAL
       Mas o Natal caminha para nós,
       tão calmo e luminoso,
       como um luzeiro límpido e veloz,
       atravessando o céu tempestuoso!
       Meu lindo cromo antigo!
       Eis o presépio santo de Jesus,
       como um saudar amigo
       animando a levar  a nossa cruz!
       Jesus menino ante a visão da morte!
       É vida que ressurge novamente!
       Que a nossa bênção traga boa sorte
       ao coração da gente!
       Que os Vossos olhos de Menino Dues
       não se fechem de assombro e de tristeza
       que tragam ládos céus
       a graça de Jesus á natureza.
       Que o mundo sinta um novo coração,
       que se transforme a alma arrependida,
       toda bondade e toda compaixão
       a palpitar de vida!
       Que seja a hora santa abençoada
       a despertar o Bem adormecido,
       resplandecente e pura madrugada
       reanimando a sombra do vencido.
       Que o mau se afaste e só o bom domine!
       Deus sabe o que há-de ser,
       e tudo, tudo mais que determine
       o mundo há-de fazer.
       Todo o nosso desejo se resume
       em palavras de amor!
       Que a gerra apague o lume,
       e a vida na graça do Senhor...
       de MARIA DE SANTA ISABEL
 

rosas azuis

domingo, 9 de setembro de 2012

Flores que falam

Amor perfeito é lembrança O lirio inculca pureza, Goivos só nos dizem luto, Linda rosa diz beleza! Saudade, filha d;ausencia Sómente nos diz tristeza A margarida, abandono, Denota maior crueza! Violeta diz modéstia, Como é bela a singeleza! Perpetua,imortalidade, Eis a suprema grandeza! DE FRANCISCO FIGUEIREDO DE MACEDO almanaque alentejano....

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Desprendimento

Bani todos os ódios e paixões,
O que pudesse escurecer-me a alma;
Já não cobiço da Glória a palma,
Nem me tentam mesquinhas ambições.

Quero levar uma existência calma,
Liberto de ideais,de podridões:
Deixar sempre uma luz nos corações,
E essa luz seja o fogo da minhalma!

Quero que a minha vida seja um cântico
E que o meu sonho de oiro de romântico
Não magoe ninguém!...

Pra que hei-de encher o coração de luto,
Se a vida não é mais do que um minoto,
E esse minuto há-de viver-se bem?!...

por A. GARIBALDI

quinta-feira, 19 de abril de 2012

livros abertos

   

LER

Ler!-ouviste, mocidade?
Oh! vede bem se escutais!
-Ler-é o verbo e a trindade
Da Biblia da humanidade!

_Ler_a palavra é pequena
Como vós sois, e já vi,
Em manhã limpida e amena,
Do orvalho pérola serena
Conter o universo em si.

-Ler- é cantico de aurora
E` chave, conselho e luz;
Fé que vê; temor que adora;
Não diz; pára!- revigora;
Nem: pára!- ensina e conduz!


DE TOMAZ RIBEIRO

domingo, 8 de abril de 2012

Poetas Populares

                         Eu na terra fui nascido
                        Eu na terra fui criado
                        A terra me há-de comer
                        Depois de ser sepultado.

                           Varejota  Silva


                      Admira-me o brilhante sol
                      Que deita tanto calor
                      Anda no ar sem cair
                      Tal é o  poder do Senhor

                       Martins  Farias


                  Cada vez que vejo vir
                  gaivotas no rio de Alvor
                  Parece-me que são cartas
                  Que me manda o meu amor.


                     Quem teria escrito.

             in  Á  descuberta de Portugal
    
                 

sábado, 7 de abril de 2012

folhasde outono

  

Musa Alentejana
A FOLHA DO LAGO

A folha tombou no lago
Pelo vento deaprendida:
Esta imagem de abandono
Fez-me pensar no Outono,
E sem querer, sonho, divago,
Sobre a morte e sobre a vida

Eras, na árvore frondosa,
Mimo de graça e frescura,
Ainda há pouco pelo Verão
E agora, á tona de água, vagarosa,
Lembras qualquer virgem pura
Sepultada sem caixão.

Não mais no ramo suspensa
Ah que penas isto me faz?
Há-de o vento balouçar-te...
Nem a luz,a luz imensa,
Com ternuras de rapaz
Há-de voltar a beijar-te.

Folha no lago caida
Que mau vento desprendeu.
-Pobre folha ressequida!
Todos nós temos na vida
Um destino igual ao teu.

Poesia de JOAQUIM COSTA

Musa Alentejana

                      A  FOLHA  DO  LAGO

                 A folha tombou no lago
                 Pelo vento deaprendida:
                Esta imagem de abandono
                Fez-me pensar no Outono,
                E sem querer, sonho, divago,
                Sobre a morte e sobre a vida

               Eras, na árvore frondosa,
               Mimo de graça e frescura,
               Ainda há pouco  pelo Verão
               E agora, á tona de água, vagarosa,
               Lembras qualquer virgem pura
               Sepultada sem caixão.

               Não mais no ramo suspensa
               Ah que penas isto me faz?
              Há-de o vento balouçar-te...
               Nem a luz,a luz imensa,
               Com ternuras de rapaz
               Há-de voltar a beijar-te.

              Folha no lago caida
              Que mau vento desprendeu.
              -Pobre folha ressequida!
              Todos nós temos na vida
              Um destino igual ao teu.

               Poesia  de JOAQUIM COSTA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ensopado de borrego á maneira antiga

1,5kg de borrego-sela costeletas.
banha soficiente para a carne.
cebolas, dentes de alho, pimenta em
grão 20 por exemplo,1 colher de sobremesa
de colorau doce,2 colheres de vinagre
1 folha de louro, salsa e sal...

Cortar o borrego em bocados, picar a cebola o alho a salsa juntar
á carne, como também a banha,a pimenta em grão o colorau doce
desfeito num pouco de água sal, levar ao lume deixar estufar
lentamente,quando precisar deita-se um pouco de água a ferver
tantas vezes até que carne esteja macia.
Por fim conforme o gosto, pode por-se batatas cortadas aos quartos
ou cozer as batatas separadas deitando-se um pouco de caldo
da carne, se cozer as junto com a carne só quando estas estiverem
cozidas se deita o vinagre,ferve um pouco para o vinagre
evaporar. As batatas cozidas separadas servem-se tambem
separadas, acompanha com salada de alface...

Era este ensopado de borrego que desde a minha infancia minha
mãi cozinhava, e que eu ainda hoje o cozinho e gosto muito.

BOM APETITE

quinta-feira, 5 de abril de 2012

FLORESDE JARDIM DE INVERNO

Para ler e meditar

-As infidelidades perdoam-se mas não se esquecem.

- Não despreses o inimigo,por mais fraco que ele te pareça.

- O esqueleto convida-nos á meditação diz-nos: EU fui como tu és
e tu serás como eu sou.
- Quem não mede as suas palavras,não calcula as probalidades
da desgraça.

- Nada é mais útil que a reputação,e nada dá uma reputação tão
constante como o merecimento.

- O método facilita as empresas,suaviza o trabalho e economiza
o tempo.

- Não devemos nunca desprezar os adágios e rifões dos antigos:
são escolhos marcados no roteiro da tempestuosa viagem da vida.

IN ALMANAQUE ALENTEJANO 1951

terça-feira, 3 de abril de 2012

CISNE SELVAGEM

QUADRAS de um alentejano

Lindas manhãs deslumbrantes
Lindas tardes que o Sol doura,
Lindas noites fascinantes
Que maravilha esta Moura!

Murmúrios do Guadiana,
Sussurros do Ardila.
Que formosa filigrana
Que emoldura esta vila!

Quando se gerou o Mundo
Deus,o supremo juiz,
Arrancou do céu profundo
Esta vila tão feliz!

E ao traçar o infinito,
Os astros,coisas e gentes
A este campo bendito
Deu-lhe as mais ricas sementes.

Quinta-feira de Ascensão
Dou volta á minha lavours.
Nas festas de S.João
Irei á vila de Moura.

No Sobral e Amareleja
Já se vive de cantigas.
Vaidosas pra quem os veja
Derriçar as raparigas.

Tens um cravo no teu peito
Outro na tua janela!
Vê lá se um amor-perfeito
Não te faria mais bela?!

Qual é a coisa qual é ela
Que tem lume e não acende,
Eterna história singela
Dum sentimento que prende?

Tu pensas que me feriu
A cena da Mouraria,
Também a Moira caiu
Da Torre da Fantasia.

DE FRANCISCO DE BARROS....

domingo, 25 de março de 2012

ODE DO CANTOR DE SERPA

Primeiro prémio de poesia nos jogos Florais
de Portugal de 1952

Canta Camarada, canta
Aquela cantiga lenta
Que é dor, amor e tormenta
A estrangular a garganta.

Canta Camarada, canta...
Firme naterra firme
Com pés e mãos calejadas,
Tens fome da Lua Cheia
E olhos fitos nas longadas...
Bêbado de melancolia,
Não procuras nem encontras...
Navalhas cortam o pescoço!
Unge-te a luz em afronta!
Transfigurado em plangências
Confessa-me os teus segredos...
Sei também o que são medos,
Medos da libertação...

Ó noites frias de Inverno!
Tardes cálidas de Verão!
Estradas e caminhos sós!
E tu dobrado em ti mesmo
A escutar a própriavoz.

Designio, místico encanto,
Desfiando-se sobre o abismo
As lembranças, uma a uma,
Que sonho, o mistério e a glória
Te deram sorte e infortúnio!

E a história-Deus-é só uma...
Quando passas com o arado
Agarrado ao rabanejo
És Cristo crucificado
Do meu e teu Alentejo!
Quem te ensinou a cantar?
A tua resposta é breve:
Lavrando a terra molhada,
Lá na solidão dos campos,
Pensando na minha amada.
Adeus cantador de Serpa,
Goza a tua desventura.
Transfigurado e ascendente,
Teu canto é ai de amargura!

As botas enlameadas,
Os pés firmes no sub-solo,
As mãos-as mãoscalejadas...
E avoz ecoa e reboa
Dum pólo até outro pólo.
Canta Camarada,canta!
Já cantaram os teus pais,
Teus irmãos e teus avós,
Agora é a tua voz.
Cantaste deste menino...
Haja fome,peste e guerra,
Cantar é o teu destino.
Venha Deus de novo á Terra.

Poema de AZINHAL ABELHO
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campos do alentejo

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quarta-feira, 21 de março de 2012

No Monte

No Monte

No Monte o lavrador,cansado da labutaDo
Do dia que passou, monótono e indolente,
São oito horas,ceou, recolheu-se e já dorme,
Feliz por medrar as terras que desfruta.

A lavradora, não; activa e resoluta,
Moireja até mais tarde e desca nsa conforme
A faina lhe consente e a barafunda enorme
De homens e de animais que em derredor se escuta.

Mas a filha, que tem vinte anos e que sente,
Nas solidões da herdade, a alma descontente
E o sangue a referver num sonho tresloucado,

Encosta-se á janela; ouvem-se as rãs e os grilos;
E os olhos de azeviche, ardentes tranquilos,
Ficam-se horas a olhar as sombras do montado...

DO CONDE DE MONSARAZ..- IN ALMANAQUE ALENTEJANO 1950

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

junquilho

matança do porco



_
Que frio _dizer geral_quando em
Janeiro,
Na rua toda branca da geada,
Se põe a mesa tosca dum madeiro,
De facas e cutelos, rodeada.

O homem mais idoso, prazenteiro,
A todos serve copos de anisada.
Crepitam as giestas num braseiro,
Enchendo de perfume a madrugada.

Oporco tão roliço,grita forte,
Perneia,barafusta;sempre é morte
Mesmo que sejam festas as matanças.

A casa toda cheira a sarrabulho,
E ao canto da lareira, com orgulho,
Assopram oliveros, as crianças.

de ARLINDO CALDEIRA

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A alma

A alma, nunca morre!
A alma é como a agua quando corre,
que das nascentes vai até ao mar...
Presa ao leito da vida,
manchada do pecado, já vencida,
procura anciosa a foz p,ra descansar.

A alma é arrebol!..
Ela é o nosso Dia,o nosso Sol...
que nascera dum sopro do Senhor.
É luz do próprio Deus,
que as nuvens,ao passarem pelos ceus
mancham mas não apagam o esplendor

Trigo que Deus semeia...
que cai em terra boa e má areia,
mas vive porque está predestinado.
E quuantas vezes,quantas...
faz o trigo da areia Hostias Santas,
para apagar a mancha do pecado!

Oh!Almas sacras, puras...
rogai a Deus por nós,pelas venturas,
para além deste mundo, desta vida;
que as nossas cá da terra,
andam,de vale e serra em serra,
para ensaiar o surto da partida.

Oh!Almas de descrentes!
Bando de pecadores inclementes,
ajoelhai contritas,humilhadas.
No Dia de Juizo,
ai das que não tiverem Paraizo
que ficam para sempre condenadas!

CAROLINA ALVES almanaque alentejano

loendro

domingo, 12 de fevereiro de 2012

pombos

margaridas




Guardo este ensino profundo
De que faço táboa raza:
Quem quer reformar o mundo
Comece dentro de casa.

Lopes Sá




Onde a maldade consita
Vinte modos de atacar
Deus nos concede mais trinta
De esquecer e desculpar.

MEIMEI

Não há compressão que torça,
Nem ameaças em bando
Que possam barrar a força
De uma pessoa rezando...

AUTA DE SOUSA

violetas

sábado, 14 de janeiro de 2012

Singeleza



4906.JPhttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFOrPcndq59uFl3txwDOQgvi9lC19os8bK2n7c_krccaYSUnIAcUcghnNmbdIWqemi2E3_5sPoGbMQHdzYddBBIu3w1r9r-H6otTkMnqUOLFN3HDtoLyrJ0DjKJXC5pJmivSBc9jMrtPHj/s1600/DSCF4906.JPGG >"

Gosto dos malmequeres do campo
E das alegres boninas,
Que vão nascendo á toa,
Á beira dos valados, nas extensas campinas
Seja bravia a terra ou seja ela boa.
Gosto dessas flores,
Amorosas, singelas,pequeninas
Que suportam o frio, suportam os calores
Do escaldante e ardente sol de verão.
Gosto dessas flores
Que tão diferentes,tão diferentes são
Das outras flores, altivas,delicadas,
Nascidas e criadas
Em estufas ou em salão...

Gosto dessas flores
Com que tu, ó Natureza,
Em tons de suavizantes cores
Emprestaste a graça e a frescura
Da alegre camponesa
Que sob o mesmo sol labuta todo o dia,
Que possui a mesma formosura
Sã,alegre e sadia,
Que do tempo não teme os rigores...
Gosto dessas flores...!

As outras, meninas da cidade,
Cheias de encanto,
Doçura e fragilidade,
Que são belas,esguias, orgulhosas,
Que ornamentam com graça certas salas,
Serão, certamente, as mais formosas.
Mas gosto das outras,tanto, tanto,
Pobrezinhas e singelas,
Que não possuem o brilho e a beleza
Das suas irmãs de estufa ou de salão,
Mais cheias de ternura e singeleza
De humildade e de odores.
Gosto dessas flores
Que nos falam mais perto ao coração!

DE MARIA ALDA Almanaque Alentejano 1965

domingo, 1 de janeiro de 2012

RIOS POLUÍDOS

Nunca digas á fonte que não corra
que ela não pode
porque obedece á nascente
que vive de a alimentar.

Cortai o fio da corrente
aqui...ali...acolá...
Em cada corte um nó-cego
nova corrente dará...
Do descanso da corrida
forças novas ganhará

Caminhos se lhe negavam
mas são dela agora já.

E a sua voz sufocada
ninguém jamais calará

Esgotem a água á nascente,
que se a nascente for forte
ela há-de beber a vida
da vida da nossa morte
e há-de engrossar a corrente
na linha recta do norte