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Que frio _dizer geral_quando em
Janeiro,
Na rua toda branca da geada,
Se põe a mesa tosca dum madeiro,
De facas e cutelos, rodeada.
O homem mais idoso, prazenteiro,
A todos serve copos de anisada.
Crepitam as giestas num braseiro,
Enchendo de perfume a madrugada.
Oporco tão roliço,grita forte,
Perneia,barafusta;sempre é morte
Mesmo que sejam festas as matanças.
A casa toda cheira a sarrabulho,
E ao canto da lareira, com orgulho,
Assopram oliveros, as crianças.
de ARLINDO CALDEIRA
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