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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano Novo

Ano Novo! Eu bem sei que tu já não nos trazes
De novo, á nossa vida os tempos do passado,
Dos tristes ou felizes momentos bem fugazes
Que,com saudades imensas os temos já contado...

E todos nós humanos somes incapazes
De prever,no futuro, qual é o nosso fado,
Pois de suportá-lo temos de ser capazes
Quer seja alegre, feliz ou bem chorado...

E assim, nesta hora terrivel,crucial
Do ano que findou e deste outro que vem
Nós não poderemos supor nada afinal...

É uma incógnita tudo o que ele contém,
Em si, de misterioso, sedutor, fatal...
Não poupará de certo a alma de ninguém!

inédito-por MARIA AMÉLIA SOEIRO DA COSTA
Condessa do Prado da Selva

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tardinha

Eram pálidas cores as do poente
Naquele céu de nuvens salpicado,
Morria a tarde.Em silencioso fado
Descia a noite, morna,languescente...
Do trabalho voltava a nossa gente.
Compunha a nora canto amargurado
E na minha alma som dulcificado
Fazia-me sonhar intensamente...
No mistério das horas do sol-pôr
A envolver-me assim extasiada.
Eu percebi a prece da planura,
Nos infinitos ermos da lonjura
Pelos rurais que a trazem fecundada.

DE Maria antónia Martinez
Marilia
)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SONHOS FRITOS DE NATAL

Ovos,6; farinha 1 chavena; manteiga, 60g; açúcar, 90g; canela e sal qb
Fermento em pó, 1 colher de chá, açúcar qb.

Põem-se a ferver, amanteiga, o açúcar e o sal; levantando fervura
vaza-se-lhe paradentro, de uma só vez a farinha emexe-se até que
fique enxuta e cozida.Deixa-se, então esfriar um pouco e juntam-se
o fermento e os ovos um a um ligando-os muito bem com a massa.
amassam-se com a mão até ficar uma massa leve.Fritam-se colheradas
desta massa em bastante ólio ou azeite fervente as colheres devem
ser de sobremesa e pequenas pois os sonhos crescem bastante enquanto
se fritam. Cobrem-se depois os sonhos com calda de açúcar não muito
espessa e aromatizada com baunilha eservem-se frios

esta receita tenho-a de antigamente....Maria Alice

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal

Como estamos na epoca festiva do natal, vou publicar algumas recetas
de bolos feitos com mel por serem especiais da época....

BOLO DE AZEITE E MEL


360g de açúcar-1,5de mel-2,5dc de azeite -8 ovos-2 limões pequenos
(raspa)-320g de farinha-1c(de chá)de canela-3c(sopa)de vinho do Porto
-manteiga e açúcar qb....

Ligue o forno a 180 graus C. Unte e forre uma forma alta,com buraco
ao centro. Bata energicamente o açúcar com o mel, o azeite e os ovos
Junte a raspa de limão e continue a bater.
Misture a farinha previamente peneirada com o fermento e a canela.
Verta o vinho do Portoe, por último, a farinha.Envolva muito bem ,sem
bater.Coloque na forma e leve a meio do forno, a cozer, entre 45 e 55
minutos. Desenforme ainda morno e polvilhe com açúcar.....

Bolo económico de mel e canela

2 ovos-180g de açúcar-4c(sopa)de manteiga-3c(sopa)de mel- 2 cháv de
leite completo 1c(chá) de canela 200g de farinha com fermento-margarina
e farinha para a forma

PREPARAÇÃO

Bata ligeiramente os ovos com o açúcar peneirado,dentro de uma tigela
Junte a manteiga amolecida, o mel,o leite e a canela.
Adicione por último a farinha peneirada,misturando-a com movimentos
suaves. Deite a massa numa forma lisa barrada com margarina e polvilhada com farinha.Leve ao forno, pé-aquecido,até o bolo cozer e
alourar.Deixe arrefecer antes de desenformar....

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Natal

Como estamos no Natal vou dar-vos as receitas das fatias douradas ou rabanadas e mais umas outras

Fatias assustadas

Fatias de pão de vespera, óleo, açucar amarelo e canela q.b.

Fregem-se as fatias de pão em ólio e, á medida que saem da fritura,
metem-se num tijelão com água fria, levantm-se logo com a escumadeira
e vão-se pondo sobre papéis absorventes e polvilhando com o açúcar,
e canela.Largam na água o ólio da fritura e, pela humidade que conservam em contacto com oaçúcar,ficam fofas como se tivessem calda
deaçúcar

Fatias douradas ou rabanadas

Fatias de pão de forma, leite, ovos, ólio, calda de açúcar e canela
em pó q.b.

Alinham-se as fatias sobre uma tabua e regam-se com um fio de leite frio.
Meia hora depois, passam-se por ovo batido, fregem-se em ólio e escorrem
-se sobre papel absorvente. Depois de arrefecerem, dispõem-se numa
travessa de serviço, regam-se com calda de açúcar em ponto fraco,
aromatizada com baunilha ou com um cálice de vinho da Madeira e polvilha
-se com canela.Em vez da calda , podem servir-se polvilhdas com bastante
açúcar misturado com um pouco de canela.


Fatias de parida

Fatias de pão, vinho tinto, ovos, ólio, açúcar e canela q.b.

Preparam-se como as fatias douradas.Pprém, ensopam-se em vinho tinto
quente em vez leite.Depois de escorridas so bre papel ,polvilham-se
com açúcar ecanela. Em certas localidades de Espanha, regam-se com
vinho branco açucarado e fritam-se em azeite. Polvilham-se depois com
açúcar e cnela ou ensopam-se em calda d açúcar.


Estas receitas foram copiadas ( O LIVRO DE PANTAGRUEL0)
v

sábado, 10 de dezembro de 2011

Natal

Quando logo nevar, como é costume
na noite de Natal,
e em consoada, ao derredor do lume,
se festeja a manhã tradicional
em que nasceu Jesus;
quando logo nevar em plena serra
e o frio seja grande,
Senhor: oque há-de ser dos pequeninos nus
sem lar e sem pão que lhes abrande
mais um dia de fome sobre a Terra?!...
Hão-de dormir na lama;
hão-de pior que Tu oh! Nazareno,
não ter,sequer ,o fofo e loiro feno
da mangedoura que é a tua cama!...
E se é triste, Senhor, o não ter casa,
nem o calor duma brasa,
nem um pedaço de pão,
mais triste ainda é não ter
o calor dum coração
onde a gente se aquecer,
o coração duma mãe
como é Tua, Senhor,
que nos obrigue a esquecer
a própria falta de casa,
e a própria fome de pão!...
Que sofreste?!... E quem não tem
nem a ternura do Amor,
nem o milagre da Cruz
como visão do imprevisto?...
Deus!... Grande Deus imortal!
Quanto menino Jesus
por esse Mundo de Cristo,
nesta noite de Natal!

De Silva Tavares

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alentejo

Salvé, planície imensa do Alentejo!
Oh! Real magestade soberana!...
Em trono engrinaldado assim te vejo
imperando na terra lusitana.
Adora-te a teus pés, em pleno brejo,
minha terra natal alentejana,
-Almodovar- que em sua singeleza,
de ti recebe a altiva realeza!

De aromas campesinas te perfumam,
em radiosas manhãs de primavera,
as flores verginais,que se avolumam
na matizada côr que Deusle dera,
na graciosa altivez com que se aprumam
nos teus montes remotos doutra era,
em cujo seio vivem encerradas
as desditosas mouras encantadas...

Alvejam capelinhas milagrosas
onde as moças garridas vão rezar,
em gratas romarias, fervorosas,
pedindo aos santos para as bem-casar.
Dos seus jardins lhes levam frescas rosas
que enfeitam nesse dia o seu altar.
E lá fora, no adro, entre bailados
há risonhas promessas de noivados...

Capela de Sam Pedro! Que saudade
de ouvir tocar o adufe ás raparigas,
do teu olhar celeste,de bondade,
escutando, a sorrir, doces cantigas!
Das lendas dos penedos,que em verdade,
falam de raças mouras inimigas,
da batalha de Ourique,bem renhida
por Dom Afonso Henriques lá vencida!...

Na planura sem fim, soa otlim-tlão
de esquilas de rebanhos a pastar...
E mais além, entoa uma canção
com voz dolente,o homem a lavrar.
Os ranchos de ceifeiras ceifam pão,
que Nosso Senhor cria pra nos dar.
E á noite, lá na aldeia,á luz da lua,
vão os moços cantando pela rua.

Teus sumptuosos templos e castelos,
e fontes de belezas naturais,
teus camponeses, francos e singelos,
teus ondulantes campos de trigais,
são ecos que se enlaçam, como os elos
duma cadeia que nos prende máis!
As bênçãos do Céu caiam sobre ti,
Oh! formoso Alentejo onde eu nasci!


CAROLINA AVES IN Almanaque Alentejano 1951

sábado, 26 de novembro de 2011

A beleza

Sócrates chamava á beleza uma breve tirania;Platão um privilégio da
da natureza;Theofrasto uma eloquência muda; Diógenes a melhor recomendação;
Theócrito uma serpente oculta sob flores; Bion um bem que nos não pertence;
Balzac o perfume da vida...

in Almanaque Alentejano 1955

domingo, 20 de novembro de 2011

soneto dedicado ao povo alentejano

Sinto mistérios na alma a segredar...
Sinfonias das aves nos trigais;
de lindas mouras cantos divinais
pelas campinas de ondas verde-mar!...

Vozes dos bosques, fontes- gotejar
de eras passadas -lagrimas e ais,
rostos morenos, lábios sensuais,
doces quimeras perfomando o ar!...

Mondadeiras ceifeiras e pastores
deste Alentejo eternos peregrinos,
trazem nos corações máguas de amores!...

Vão nas ermidas repicando os sinos...
e pelos campos desfolhando flores,
eu vou cantando salmos matutinos!..

por Carolina Alves

rosas

.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O amor

Oamor é como o fogo

Por MARIA CRISTINA ALBUQUERQUE

Oamor, minhas amigas, não é uma coisa de brincar. É sério, é como o fogo que está
muito sózinho na lareira, mas se alguma mão atrevida lá chega,queima-se; assim
o amor é uma coisa maravilhosa, nos cantares dos poetas medievais, nos dizeres das
nossas avós, nos peitos inflamados de cavaleiros andantes, mas isso nos nossos
tempos perdeu mais o sabor. A vida atribulada de todos os dias faz com que o
amor seja interesseiro, eguista, e perca portanto a poesia que lhe é protocolar.
Mas o amor será mesmo suave, doce, manso? Sim, como todas as coisas, exige
paciência, dedicação e um pouco de inteligência, porque o ser humano, embora
com instinto animal, é compriensivo, tem raciocinio que o distingue do bicho,
logo deve proceder com dignidade e afeição para com o companheiro.
O amor é como um colar que se completa sempre com mais uma pedra no decorrer
dos dias, dos meses e até dos anos, porque o amor é uma palavrinha doce que
mascara a palavra afeição, a qual vem com o lidar dia a dia com o nosso semelhante
Das várias espécies de amor,não direi que o amor maternal,filial,fraternal,
conjugal... é mais forte um que outro .Todos eles têm o seu canto no nosso
coração ,por isso temos de lhe dar valor consoante a espécie.
Amor! Um altar florido de bem-querer,quando há uma vida pura para oferecer ao
soar o acorde final....

domingo, 6 de novembro de 2011

Mãei

MÃE...

Mãi! palavra divina, sacrossanta,
Cheia de graça e cheia de beleza,
Ao dizer mãi a nossa alma,
Há mais sol, há mais luz na Natureza

É a mãi,depois de Deus, quem por nós vela,
Quem nos ajuda e ampara no caminho,
É a mãi que procura tornar bela
A nossa vida onde há tanto espinho.

É a nossa mãi a melhor enfermeira
Quando acontece o mal ferir a gente,
Nunca nos abandona a cabeceira,
Meiga,bondosa, atenta e diligente.


,
É a mãi que nos guia e nos consola
Quando acontece o mal ferir a gente,
Nunca nos abandona a cabeceira,
Meiga, bondosa, atenta e deligente.

É a mãi que nos guia e nos consola,
Que nos enxuga o pranto e dor acalma,
É ela que nos manda ir á escola,
É ela que modela a nossa alma

A mãi é como um sol de intenso brilho,
Que nosso coração louva e bem diz,
A mãi vive da vida de seu filho
Etudo faz para o tornar feliz.

Mãi! Palavra dum sentido extraordinário,
Quanta ternura, quanto amor traduz!
Mãi! Disse Jesus do cimo do Calvário,
Filho! Disse Maria olhando para Cruz.


De J OAQUIM COSTA

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

cavalo



Este cavalo recorda-me um cavalo que na minha joventude montava muitas vezes,
eu gosto muito de animais,quando se habituam a nós até parece que nos compriendem
Antigamente gostáva de, na feira de Castro de Verde ver na corredoura os cavalos
que cada negociante vinha vender: cada um mostrava os mais bonitos cavalos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

feira de castro

.

A Epopeia dos Malteses

Choros que o pó amassaram,
Ódios, fel, desesperança,
Minha crueza geraram:
Sou a estátua da Vingança!

Maltês,meu nome de guerra!
Ver-me é logo pressentir
Que o vento sul se descerra:
Já mirram searas, de o ouvir!

De noite vou pelas eiras,
-Alma em fogo-deitar fogo
A searas,medas inteiras:
Abraso e assim desafogo!

Sou fera?Vá,que me domem!
-E vós outros que sereis?
Não sou fera, não, sou o Homem,
O Escravo firmando leis!

Meu sangue reza nas veias;
Por quem reza? porquem chora?
Pelos que terras alheias
Foram escravos outrora!

Oculto no chão barrento,
Com piedade,com ternura,
Os que dormem ao relento,
Os mortos sem sepultura!

Coveiro da própria raça!
Dor de além-dor! Ao que eu vim
Grito e o medo me trespassa,
Acordo e fujo de mim!

Existo e ausento-me.Há escuro
Na minha memória:-em vão
Me interrogo e me procuro...
Sou realidade ou visão?

Choro, e as lágrimas apagam
Dúvidas, queixas, martirios...
Unções celestes afagam
A noite dos meus delirios!

Campos de azinheiras velhas...
Se os revolvo,as minhas mãos,
Súbito ficam vermelhas
Do sangue dos meus irmãos!

Nos montes,a medo,ás tardes,
Trancam-se as portas; se as forço,
Caem-me aos pés os covardes,
Mudos de assombro e remorso!

DE Mário Beirão

sábado, 8 de outubro de 2011

A feira

Amanhã vai rompendo. Afeira grita.
Badalam os chocalhos dos garranos,
E pelo arraial,o azeite frita,
No meio de algaraviada dos ciganos.

Quantos sonhos desfeitos, desenganos,
Negócios que falharam, gente aflita;
A feira é sempre assim todos os anos,
Matéria em sofrimento que se agita.

Caiaram-se as fachadas, tudo alveja.
A feira é sonho, é fada benfazeja
Que á vila empresta luz e dá vigor.

A manta nova, os frutos perfumados,
O circo de palhaços afamados,
Mundo de maravilha e de labor.

De....Arlindo Caldeira

domingo, 18 de setembro de 2011

Horas de sonho

.

Noites Alentejanas, melodias
Duma canção, na brisa a perpassar!
Onde há perfumes castos e o luar,
Tem requebros de amor e de magia.

Hora divina, paz, doce harmonia,
Que á alma trz a benção dum altar,
Nos mistérios da noite a cripitar,
Em bailados de luz e fantasia.

Envolve-me o silêncio perfumado,
Ainundar meu peito deslumbrado,
Na calidez da noite torturada!

Invade-me a saudade e nos meus olhos
Há pérolas brilhando, como abrolhos,
A orvalhar as luzes da alvorada. Fracisco de Jesus Nunes

domingo, 28 de agosto de 2011

O maior amor



Neste mundo, nosso ninho,
o bem de todos maior
é possuir o carinho
de nossa Mãi_seu amor!

Dos mortais o mais feliz
é o que no mundo tem
alguém a quem beija e diz:
>>Dê-me a bênção,minha Mãi>>

Ao ver do mundo a maldade,
a consolação do triste
é saber que é uma verdade
que o amor de Mãe existe

Para curar nossa dor,
remédio melhor não há
do que sentir calor
dos beijos que a Mãi nos dá


Que verdade não não encerra
a voz de qualquer mortal:
<>

O rico e o pobre plebeu,
no seu sentir mais profundo,
louvam a Mãi que lhes deu
o maior amor do Mundo!

Jamais qualquer sumidade
soube dizer a razão
por que tanto amor-bondade
guarda a Mãi no coração!

Homem de hoje ou de há milénios
solta aos ares a franca voz;
<>

Em campos de paz e guerra,
em reinos de Sol ou bruma,
a afeição da Mãi encerra
virtudes mais que nenhuma!


in almanaque alentejano 1968 ALEXANDRE TORRINHA.











domingo, 31 de julho de 2011

rosas amarelas

.

amores prefeitos

.




Estes amores prefeitos são dos mais bonitos que eu já vi!!!
vou ofercelos á minha tia

um ramo de violetas

.


dedicados a meus pais

e deste lugar iterno
estamos muito felizes
por vermos a grande árvore
nascida destas raizes

aos filhos agradecemos
e muito felizes ficamos
por sempre terem cumrido
aquilo que-lhe encinamos

os nosos netos queridos
sem conhecer os avós
quando nos estão recordando
terem soudades de nós

nossos bisnetos queridos
amores do coração
fálem-lhes sempre de nós
eles nos recordarão

e a todos em geral
que sempre nos conhecemos
nunca percam a esperança
por que nós nunca morremos.

o cão é muito bonito

.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

côro do conservatório regional do baixo alentejo secção de castro verde

.

Malmequeres do campo

ratos

.



O rato é um animalzinho muito simpático, mas poucas pessoas gostam deles; por os estragos
que fazem em casa nos celeiros e nas hortas e por onde passam sente-se imediatamente
o seu desagradavel cheiro.Mas talvez tenham alguma qualidade que desconheço.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Miguelito

Meu Miguelito querido
Amor do meu coração
Ao atravessarmos as ruas
Tu levas-me pela mão.

Com essas mãos pequeninas
Sinto emensa segurança
Nem parece que a ajuda
Vem das mãos duma criança.

Fazes seis anos Miguelito
Este ano vais prá escola
Vais aprender tanta coisa
Que tu não sabes agora.

Aprender a ler que lindo
Como tu hás-de gostar
De leres as tuas histórias
Para depois as poderes contar.

Parabens e muitos beijos
A prenda da tia Alice
É verdadeiro e sentido
Aquilo que já te disse

versos da Maria ALICE COLAÇO

Falar de mim

Tenho uma fonte de amor
Que brota do coração,
Para dar de beber aos tristes
Que vivem na solidão,

Nasci para amar os pobres
Os pobres que pobres são,
Pobres de amor e carinho
De ternura e afeição.

Se eu podesse eu dava
O que o meu coração tem
Dava-lhe amor e carinho
Como fiz á minha mãi.

Todos os pobres do mundo
Se ue os podesse abraçar
Para os fzer felizes
Para nada lhe faltar.

Ó filhos da Natureza
Amai pois os desgraçados
Que vivem no mundo sós
Sem nunca serem amados-

Saber consolar os tristes
O melhor que a gente tem,
Pois foi o que me ensinaram
O meu pai e minha mãi.

Pobres não são só aqueles
Que não tem que comer
São tambem os orgulhosos
Porque não sabem viver,

Quando passam pelos pobres
Voltam a cara pró lado
Esquecem que são irmãos
Podiam ser desgraçados.

Se ajudassem os pobres
Ficava-lhe muito bem
Pois cressiam em amor.
E mais felizes tambem

Basta sómente um sorriso
Dado com boa intenção,
Um sorriso as vezes chega
Para alegrar o coração....

POEMA de Maria Alice Colaço

domingo, 17 de julho de 2011

Palitos de amendoa

200g de açucar,
200g defarinha,
5g de amendoa
4 ovos
raspa de limã


Bate-se as gemas com o açucar,junta-se as claras em neve e depois a farinha
junta-se então a amendoa cortada em palitos,coze em tabuleiro untado com
margarina e polvilhado com farinha, em estando cozido desenforma-se e corta-se
em palitos e volta ao forno para alourar.


Bolo de caramelo

1 chavena de chá de manteiga 228g
1 chavena de chá de açucar 195g
2 chavenas de chá farinha 200g
2 colheres de fermento
2 ovos
2 pedras de sal

Bate-se a manteiga com o açucar e juntm-se gemas bem bem batidas.
Põem-se 100g de açucar num tacho sem água ,a alourar e quando estiver
caramelo deita-se-lhe um quarto de litro de leite.
Mexe-se e deixa-se arrefecer e só quando está liquido e bem frio é que se
juntam os outros ingredientes,peneira-se afarinha com o fermento,
e junta-se tudo e por fim as claras em castelo e vai ao forno a cozer.

Para cobrir

250g de açucar
1colher de chá de manteiga
1 chavena de chá de leite
nózes ou amendoas cortadas em laminas.

Põe-se o açucar a alourar junta-se depois de estar disolvido com leite
as amendoas, fervendo até se ver o fundo do tacho,e se endurecer leva-se
novamente ao lume...

Bom apetite

Maria Alice Colaço

sábado, 16 de julho de 2011

Serões de inverno

Dos dias quentes de verão
Tenho muitas recordações
E do inverno recordo
Os seus alegres serões

Nas noites de inverno
O vento zúbia
E a chuva bem forte
Nas telhas batia

Dos serões á lareira
Ainda ainda tenho na lembrança
Das histórias que contavam
Mesmo sendo uma criança

Contadoa por os mais velhos
Aqueles contos que ouvia
Ainda hoje os recordo
Com alguma fantasia

Jogavam ás cartas
Contavam histórias
E outros falavam
Das suas memórias

Sem televisão
Rádio não havia
Pois todos falavam
Era uma alegria...

Maria Alice Colaço

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A primavera da minha infancia

A primavera
Da minha infancia
Era diferente,
Tinha um sol dourado
Um ceu azul
Muito transparente

Campos verdejantes
Todos floridos
Que lindo que era,
E as andorinhas
Vinham chegando
Anunciando a primavera

E as abelhas
De flor em flor
Sempre a voar,
Procurando o polem
Pró mel fabricar

Em maio
Era era lindo ver
O campo dourado,
Era o louro trigo
Que estava pronto
Para ser ceifado

E no santo António
Nas ruas juncadas
Havia foguetras,
Faziam as sortes
As moças solteiras

Acabava a primavera
Começava o verão
Faziam os mastros
Era o s João

versos da Maria Alice Colaço

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Otrinco da porta

Versos do trinco da porta
Louvado seja o Senhor,
A casa é Deus quem a guarda
Ninguem a guarda melhor

Batem os pobres´á porta.
Batem com ar de humildade
Eu sei que é pouco irmãozinho
É pouco mas de vontade

Quem é que a porta abriria,
Com modos de atrevimento
São coisas da criadagem
Não foi ninguém- é o vento

Mexem no trinco da porta
Levante, faça favor
A entrada nunca se nega
Seja a vizita de quem for

Não vês a porta batendo
Que aragem essa que corta
Em toda a volta do dia
Não pára o trico da porta

Trinco da porta caido
Sobre a partida de alguém
Óh quantos vão e não voltam
São os que a morte lá tem


Versos de António Sardinha....

segunda-feira, 6 de junho de 2011

gatos

Os gatos são muito bonitos e brincalhões mas é preciso cuidado, porque a

criação dos gatos é imprevisivel e podem usar as armas que têem ao seu dispôr;que são as unhas.As quais são muito perigosas, por isso devemos tratá-los com muito carinho e amor, só assim os gatos serão nossos amigos.Façamos dos gatos uns bons companheiros...Gosto muito de gatos.

domingo, 15 de maio de 2011

Homenagem a minha mãe

15 de Maio dia que era o aniversário de minha mãe
1899-1987
Dedico um poema simples mas adizer aquilo que a minha mãe era


Desde muito criança
Ouvi minha mãe dizer
Damos graças a Deus
Por termos pão pra comer

Sofrem tanto os infelizes
Sem terem cama nem roupa
Sem um teto para abrigo
E mesmo a comida pouca

Com tanto frio coitadinhos
Com tanta chuva também
Era nas noites de inverno
A oração da minha mãe.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Senhor, ensina-me a envelhecer,

Ajuda-me a reconhecer
as coisas boas da minha vida,
dá-me força para aceitar
as minhas limitações
cedendo aos outros o meu lugar,
sem ressentimentos nem recriminações.
Que eu aceite ir-me desapegando das coisas,
e veja nisso uma sábia lei da tua Providência
que regula o tempo e preside á vida das gerações.

Faz, que eu seja ainda útil para o mundo,
com as minhas pequenas tarefas,
mas sobretudo com o meu testemunho
de paciência e bondade
de serenidade, alegria e paz.

Dá-me a tua força
para enfrentar as contrariedades de cada dia,
particularmente a doença e a solidão.

Que os últimos anos da minha vida mortal
sejam como ûm pôr de sol feliz;
na oração e na caridade,
na compreensão e na esperança,
que eu saiba envelhecer e morrer
com a serenidade e a coragem
com que Tu, Senhor, morreste na Cruz,

Para que um dia possa também ressuscitar
para a glória do teu e nosso Pai
e ir ao encontro daqueles
que partiram antes de mim.

Obrigada


copiado de um poster antigo

sábado, 7 de maio de 2011

carta da minha sobrinha Marianinha

.



Tia Alice - UMA-TIA- Aventureira...


Foste tu que me encorajas-te
Para o primeiro ano enfrentar
Penso os dias inteiros
Como te hei-de recompensar?

Já viveste muitas aventuras
E estás preparada para máis
És uma mulher de coragem
Nunca se ouvem os teus áis

Quero que me desculpes
De não ter feito logo a tua poesia
Foi erro da minha parte
Ter-me esquecido desta grande tia.



Beijinhos para a tia ALICE que tem sido uma tia AVENTUREIRA toda a vida e é nesmo
assim como tu dizes tia,não é depois de mais,depois de teres um pouco de mais
idade que vais deixar essa coragem toda,tomada ao longo da vida, para trás iras
enfrentrar dantes,com força e coragem, todos os obstaculos que te surjam ao longo
da vida
Nunca percas essa grande coragem e força que existe dentro de ti.
MARIANA AOS 9 ANOS

5/8/95

domingo, 1 de maio de 2011

PROVERBIOS

O insensato dá-lhe logo a furia,quem é prudente dissimula a injúria.

Antes a pobreza honrads, do que a riqueza roubada.

Quem o pão da mentira saboreia; depois a boca sabe-lhe a areia...

Toma em rapaz bom caminho; que o seguerás em velhinho...

Não te gabes a ti; outrem que te elogi...

O mau a própria sombra o amedronta;o justo é um lião que tudo afronta...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

BALADA DO MAR

Noite tão confusa
Na lua a brilhar.
Gemidos na praia,
Há gente no mar.

Noite sem luz,
De de luar tão cheia.
Balada do mar
Que a dor semeia.





Noite de ilusão
N ar que a rodeia
Dolente cãnção
Dos bagos d;areia


Noite de assembleia
Há gente que espera
Na praia de sonho
Foi -se a primavera
E há gritos aflitos
E há gestos rasgados
E há cantos perdidos
Sonhos destroçados.

Noite, escuridão
Na mente apagada
Há dor,solidão
Luar... e mais nada.










Noite de assembleia

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Amizade

Amigos, muitos há que o dizem ser,
Sempre a clamar bem alto a ammizade,
Mas ser amigo, amigo, podem crer,
Virtude rara é e na verdade


Só é amigo quem o não proclama
A toda hora, afoito e audaz,
Sabe apagar-se se ninguem o chama,
Nada promete e a tempo tudo faz


Quando é preciso ou há necessidade
De ajuda dar, que se não pesa ou mede
E se dispensa plena e á puridade.


Amigoé pois aquele que concede
Tudo o que tem pra dar da amizade
E coisa alguma em troca espera ou pede.


ZÉ NINGUÉM

sábado, 16 de abril de 2011

Pensamentos

O alimento intelectual que proporciona a cultura é comparavel ao alimento
material.Nem tudo o que se come alimenta, mas apenas aquilo que se digere.


Gostavo Le BON

Do mesmo modo que se cultivam as terras com sementes diversas e variadas,
assim se cultiva o nosso espirito com diferentes estudos.

Plénio

terça-feira, 12 de abril de 2011

POESIA QUE EU GOSTO

Embora me queiras tanto
Quanto pode o bem querer,
Não me queres tanto quanto
Te quero sem te dizer

Fizes-te te meu amigo
Por teres medo de mim,
Não posso contar contigo,
Não quero amigos assim

Estranhas os meus desejos,
Viste o mal que me fizeste
Quero pagar-te com beijos
Os desgostos que me deste.

Não te quero converter
Mas quero ver se consigo
Fazer-te compriender,
Aquilo que te não digo.

Nada peças de joelhos
A Jesus não vás mentir,
Pois quem segue os seus conselhos
Tem tudo sem lhe pedir.

Poeta António Aleixo

domingo, 10 de abril de 2011

Quadras soltas

.
Eu mandei a saudade
Lá pró meio dos olivais
Para de ti me esquecer
Cada vez me lembras mais

No tronco mirrado e seco
Escrevi o nome teu
O teu nome é tão lindo
Que o tronco reverdeceu

Fiz uma cova na praia
Pra enterrar minha mágoa
Entrou por ela o mar todo
Não encheu a cova dágua

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bolo Real de Viana

Como estamos na Pascoa vou dar-vos a receita de um bolode amendoa
muito antiga, mas deliciosa, um bolo que fazia várias vezes e que
todos adoravam.

350g de açucar, 250g de amendoas pisadas,10g de farinha,20g de margarina,
5 gemas de ovos, 2 claras ovos e 1 pitada de canela. Leva-se o açucar
a ponto de fio, fazendo-o ferver com uma pequena porção de água.
Deixa-se arrefecer, juntam-se-lhes todos os restantes ingredientes e leva-se
de novo ao lume. Deita-se depois em forma untada com margarina e leva-se ao
forno. Desenforma-se depois e serve-se com calda de açucar queimado.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Os meus tempos de criança

Eu recordo o Alentejo E
Eos meus tempos de criança
E as minhas brincadeiras
Ainda as tenho na lembrança

Eu nunca tive brinquedos

Mas gostava de brincar
Eram pobres os meus pais
Não mos podiam comprar

Mesmo assim era feliz
Com as minhas bricadeiras
Uma tabua era mesa
E as pedras as cadeiras

Fazia sempre banquetes
Tinha muitos convidados
Os bolos feitos com cinza
E com a cal enfeitados

As minhas bonecas eram
Feitas pela minha mão
Erão feitas de trapos
Com muita imaginação

Fazia casas com barro
Nunca era uma casa só
Estava sempre á lareira
Sentada a minha avó

Mas na minha vida havia
Um outro entretenimento
Era seguir as formigas
Na busca do mantimento

Equando nós há noite
Na eira brincava
E a palha branca
Que bem que cheirava

Ainda recordo
O cheiro do trigo
E muitos outros cheiros
Eu tenho comigo.

MARIA ALICE COLAÇO

FLOR DE MAIO

a minha terra Almodovar



O vasto concelho de Almodõvar,a sul do destrito de Beja e estabelecendo
a continuidade do Alentejo com ,o Algarve através da serra do Caldeirão,
tem uma vida económica especialmente ligada á actividade agricula. A sede
do concelho, avila de Almodõvar,cujas origem e fundação não são possiveis
determinar,pertenceu ao mestrado de Sant,Iago e recebeu foral de D.Dinis
em 1285 confirmado e ampliado em 1512 por D. Manuel 1.Vila caracteristicamente alentejana,Almodõvar possui um convento fundado em
1680 por Fr. José Evangelista,e uma monumental igreja matriz com um sumptuoso altar mandado costruir por D João v em 1747.A Igreja da Mesericordia, construida
(em cinstrução)

terça-feira, 29 de março de 2011

A vida

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa
A vida é sombra que foge,
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai.
A vida leva-o vento,
A vida é folha que cai'

exerto do poema A VIDA de JOÃO DE DEUS

sábado, 12 de março de 2011

JARDIM DA IGREJA CASTRO VERDE

PISCINAS DE CASTRO VERDE

.

Memórias de uma actriz

Eu canto o fado saudoso
O fado canto ao luar
Mas se o tempo està nublado:
Canto_o à luz do teu olhar:


Tem a estrela cinco pontas
Agudas como punhais:
Sâo teus olhos como a estrela
Nâo ferem mas sâo fatais


Dà_me os teus olhos menina;
Para atira_los ao ceu;
Mais duas gentis estrelas
Brilharâo no azuleo veu:


Neles transluzem virtudes
Scintila um negror fatal;
De bem eu leio epopeias;
Leio poemas do mal:

Ai:::muito embora ao fital_os
Perca a luz dos olhos meus;
Guiado pelos teus olhos;
Eu irei atè aos ceus;


E a cumprir o triste fado
Hei de arrastarminha cruz;
Atè achar o caminho
Que à tua porta conduz:::




{pOEMA DE ANTÓNIO DE CARVALHO[

sábado, 26 de fevereiro de 2011

TENHO SAUDADES DO MEU ALENTEJO

.
TENHO SAUDADES DO MEU ALENTEJO.
..

Tenho saudades
Do meu Alentejo
Todo florido
É como eu o vejo

O cheiro a esteva
A urze também
E o rosmaninho !!
O cheiro que tem

A branca margaça
O pimpilho dourado
E com as papoilas
Ficava encarnado

E os passarinhos
Entre o arvoredo
Com os nossos gritos
Fugiam com medo

Com seu papo branco
A negra andorinha
Construia o ninho
Onde os filhos tinha

Corria a ribeira
D.água cristalina
Lavavam a roupa
Mesmo a mais fina

Era lindo vêr
A roupa a corar
A ouvir a rã
Na rocha a cantar

A cegonha branca
Andava a pescar
O peixe de prata
Pr.ó flho sustentar

O rebanho ia
A sede matar
Estava calôr
Ia-se acarrar

Poema de Maria Alice Colaço

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ROSMANINHO

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RAZÃO DO MEU BLOGUE

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Este blogue será utilizado para falar do meu Alentejo, escrever a minha poesia contar  as histórias
as minhas pinturas.