contador de visitas


View My Stats
   

domingo, 1 de janeiro de 2012

RIOS POLUÍDOS

Nunca digas á fonte que não corra
que ela não pode
porque obedece á nascente
que vive de a alimentar.

Cortai o fio da corrente
aqui...ali...acolá...
Em cada corte um nó-cego
nova corrente dará...
Do descanso da corrida
forças novas ganhará

Caminhos se lhe negavam
mas são dela agora já.

E a sua voz sufocada
ninguém jamais calará

Esgotem a água á nascente,
que se a nascente for forte
ela há-de beber a vida
da vida da nossa morte
e há-de engrossar a corrente
na linha recta do norte

Sem comentários:

Enviar um comentário