contador de visitas


View My Stats
   

quinta-feira, 19 de abril de 2012

livros abertos

   

LER

Ler!-ouviste, mocidade?
Oh! vede bem se escutais!
-Ler-é o verbo e a trindade
Da Biblia da humanidade!

_Ler_a palavra é pequena
Como vós sois, e já vi,
Em manhã limpida e amena,
Do orvalho pérola serena
Conter o universo em si.

-Ler- é cantico de aurora
E` chave, conselho e luz;
Fé que vê; temor que adora;
Não diz; pára!- revigora;
Nem: pára!- ensina e conduz!


DE TOMAZ RIBEIRO

domingo, 8 de abril de 2012

Poetas Populares

                         Eu na terra fui nascido
                        Eu na terra fui criado
                        A terra me há-de comer
                        Depois de ser sepultado.

                           Varejota  Silva


                      Admira-me o brilhante sol
                      Que deita tanto calor
                      Anda no ar sem cair
                      Tal é o  poder do Senhor

                       Martins  Farias


                  Cada vez que vejo vir
                  gaivotas no rio de Alvor
                  Parece-me que são cartas
                  Que me manda o meu amor.


                     Quem teria escrito.

             in  Á  descuberta de Portugal
    
                 

sábado, 7 de abril de 2012

folhasde outono

  

Musa Alentejana
A FOLHA DO LAGO

A folha tombou no lago
Pelo vento deaprendida:
Esta imagem de abandono
Fez-me pensar no Outono,
E sem querer, sonho, divago,
Sobre a morte e sobre a vida

Eras, na árvore frondosa,
Mimo de graça e frescura,
Ainda há pouco pelo Verão
E agora, á tona de água, vagarosa,
Lembras qualquer virgem pura
Sepultada sem caixão.

Não mais no ramo suspensa
Ah que penas isto me faz?
Há-de o vento balouçar-te...
Nem a luz,a luz imensa,
Com ternuras de rapaz
Há-de voltar a beijar-te.

Folha no lago caida
Que mau vento desprendeu.
-Pobre folha ressequida!
Todos nós temos na vida
Um destino igual ao teu.

Poesia de JOAQUIM COSTA

Musa Alentejana

                      A  FOLHA  DO  LAGO

                 A folha tombou no lago
                 Pelo vento deaprendida:
                Esta imagem de abandono
                Fez-me pensar no Outono,
                E sem querer, sonho, divago,
                Sobre a morte e sobre a vida

               Eras, na árvore frondosa,
               Mimo de graça e frescura,
               Ainda há pouco  pelo Verão
               E agora, á tona de água, vagarosa,
               Lembras qualquer virgem pura
               Sepultada sem caixão.

               Não mais no ramo suspensa
               Ah que penas isto me faz?
              Há-de o vento balouçar-te...
               Nem a luz,a luz imensa,
               Com ternuras de rapaz
               Há-de voltar a beijar-te.

              Folha no lago caida
              Que mau vento desprendeu.
              -Pobre folha ressequida!
              Todos nós temos na vida
              Um destino igual ao teu.

               Poesia  de JOAQUIM COSTA

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ensopado de borrego á maneira antiga

1,5kg de borrego-sela costeletas.
banha soficiente para a carne.
cebolas, dentes de alho, pimenta em
grão 20 por exemplo,1 colher de sobremesa
de colorau doce,2 colheres de vinagre
1 folha de louro, salsa e sal...

Cortar o borrego em bocados, picar a cebola o alho a salsa juntar
á carne, como também a banha,a pimenta em grão o colorau doce
desfeito num pouco de água sal, levar ao lume deixar estufar
lentamente,quando precisar deita-se um pouco de água a ferver
tantas vezes até que carne esteja macia.
Por fim conforme o gosto, pode por-se batatas cortadas aos quartos
ou cozer as batatas separadas deitando-se um pouco de caldo
da carne, se cozer as junto com a carne só quando estas estiverem
cozidas se deita o vinagre,ferve um pouco para o vinagre
evaporar. As batatas cozidas separadas servem-se tambem
separadas, acompanha com salada de alface...

Era este ensopado de borrego que desde a minha infancia minha
mãi cozinhava, e que eu ainda hoje o cozinho e gosto muito.

BOM APETITE

quinta-feira, 5 de abril de 2012

FLORESDE JARDIM DE INVERNO

Para ler e meditar

-As infidelidades perdoam-se mas não se esquecem.

- Não despreses o inimigo,por mais fraco que ele te pareça.

- O esqueleto convida-nos á meditação diz-nos: EU fui como tu és
e tu serás como eu sou.
- Quem não mede as suas palavras,não calcula as probalidades
da desgraça.

- Nada é mais útil que a reputação,e nada dá uma reputação tão
constante como o merecimento.

- O método facilita as empresas,suaviza o trabalho e economiza
o tempo.

- Não devemos nunca desprezar os adágios e rifões dos antigos:
são escolhos marcados no roteiro da tempestuosa viagem da vida.

IN ALMANAQUE ALENTEJANO 1951

terça-feira, 3 de abril de 2012

CISNE SELVAGEM

QUADRAS de um alentejano

Lindas manhãs deslumbrantes
Lindas tardes que o Sol doura,
Lindas noites fascinantes
Que maravilha esta Moura!

Murmúrios do Guadiana,
Sussurros do Ardila.
Que formosa filigrana
Que emoldura esta vila!

Quando se gerou o Mundo
Deus,o supremo juiz,
Arrancou do céu profundo
Esta vila tão feliz!

E ao traçar o infinito,
Os astros,coisas e gentes
A este campo bendito
Deu-lhe as mais ricas sementes.

Quinta-feira de Ascensão
Dou volta á minha lavours.
Nas festas de S.João
Irei á vila de Moura.

No Sobral e Amareleja
Já se vive de cantigas.
Vaidosas pra quem os veja
Derriçar as raparigas.

Tens um cravo no teu peito
Outro na tua janela!
Vê lá se um amor-perfeito
Não te faria mais bela?!

Qual é a coisa qual é ela
Que tem lume e não acende,
Eterna história singela
Dum sentimento que prende?

Tu pensas que me feriu
A cena da Mouraria,
Também a Moira caiu
Da Torre da Fantasia.

DE FRANCISCO DE BARROS....