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sábado, 10 de dezembro de 2011

Natal

Quando logo nevar, como é costume
na noite de Natal,
e em consoada, ao derredor do lume,
se festeja a manhã tradicional
em que nasceu Jesus;
quando logo nevar em plena serra
e o frio seja grande,
Senhor: oque há-de ser dos pequeninos nus
sem lar e sem pão que lhes abrande
mais um dia de fome sobre a Terra?!...
Hão-de dormir na lama;
hão-de pior que Tu oh! Nazareno,
não ter,sequer ,o fofo e loiro feno
da mangedoura que é a tua cama!...
E se é triste, Senhor, o não ter casa,
nem o calor duma brasa,
nem um pedaço de pão,
mais triste ainda é não ter
o calor dum coração
onde a gente se aquecer,
o coração duma mãe
como é Tua, Senhor,
que nos obrigue a esquecer
a própria falta de casa,
e a própria fome de pão!...
Que sofreste?!... E quem não tem
nem a ternura do Amor,
nem o milagre da Cruz
como visão do imprevisto?...
Deus!... Grande Deus imortal!
Quanto menino Jesus
por esse Mundo de Cristo,
nesta noite de Natal!

De Silva Tavares

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